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Governo desmente matéria sobre cartão corporativo: “gastos são inferiores aos do governo anterior”

Uso do cartão corporativo no governo Lula é “resultado do intenso trabalho em curso pela atual gestão para retomar as relações diplomáticas do Brasil com o mundo, abandonadas nos últimos anos”. Não são gastos com motociatas ou passeios

O governo federal afirmou que os gastos de Lula no cartão corporativo são inferiores, nos sete primeiros meses, aos de Jair Bolsonaro, ao contrário do que disse a Folha de S.Paulo.

A Folha publicou, na segunda-feira (18), uma reportagem dizendo que Lula tem uma “média de gastos recorde” no cartão corporativo, usando R$ 1,1 milhão por mês, em valores corrigidos. O ex-presidente Bolsonaro, segundo o jornal, gastava R$ 1 milhão por mês.

Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência apontou que, “diferentemente do que foi publicado pela Folha de S. Paulo”, Lula “não gastou em 2023 mais do que a gestão anterior” com o cartão corporativo.

As despesas pagas nos primeiros sete meses deste ano são inferiores aos valores registrados no ano passado, passando de R$ 8,8 milhões em 2022 para R$ 7,99 milhões em 2023

“As despesas pagas nos primeiros sete meses deste ano são inferiores aos valores registrados no ano passado, passando de R$ 8,8 milhões em 2022 para R$ 7,99 milhões em 2023”, afirmou o órgão de comunicação oficial.

A Secom ainda destacou que “a maior parte” dos gastos no cartão corporativo se deu com serviços de apoio das aeronaves em viagens internacionais.

Isso é “resultado do intenso trabalho em curso pela atual gestão para retomar as relações diplomáticas do Brasil com o mundo, abandonadas nos últimos anos”, continuou.

O governo federal ainda explicou que o detalhamento dos gastos do cartão deve ser mantido em sigilo até o final do mandato por questões de segurança. A Folha chamou esses dados de “ultrassecretos”.

Em janeiro foi divulgado o detalhamento dos gastos de Jair Bolsonaro no cartão corporativo. Em dias sem agenda oficial, feriados ou datas de “motociatas”, Bolsonaro gastou R$ 4,7 milhões, sem correção pela inflação.

No final de 2020, por exemplo, Jair Bolsonaro viajou de férias para o litoral de Santa Catarina e para Guarujá (SP). Ele gastou quase R$ 1 milhão nessa viagem.

Os gastos também foram abusivos em dias de motociatas. Em junho de 2021, durante a pandemia de Covid-19, foram gastos R$ 61,3 mil no hotel Blue Tree Faria Lima e R$ 12,9 mil na “Lanchonete Tony e Thais”.

Em julho daquele ano, em uma motociata em Porto Alegre, Bolsonaro usou R$ 1.640 de dinheiro público somente em combustível para participar da motociata.

Leia a íntegra da nota da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom):

Diferentemente do que foi publicado pela Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (18/9), a Presidência da República não gastou em 2023 mais do que a gestão anterior com o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF). As despesas pagas nos primeiros sete meses deste ano são inferiores aos valores registrados no ano passado, passando de R$ 8,8 milhões em 2022 para R$ 7,99 milhões em 2023.

É importante destacar que a maior parte das despesas realizadas com o CPGF no exercício de 2023 refere-se a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais, resultado do intenso trabalho em curso pela atual gestão para retomar as relações diplomáticas do Brasil com o mundo, abandonadas nos últimos anos.

O objetivo é não só recuperar a imagem do país no exterior, como também reestabelecer as relações comerciais com parceiros importantes, o que resulta na atração de investimentos estrangeiros em áreas estratégicas que contribuem diretamente para recuperação da capacidade do mercado interno brasileiro, impulsionando a geração de emprego e renda no Brasil.

Também é incorreta a afirmação de que o governo Lula “quebrou o sigilo dos extratos dos cartões corporativos” das gestões anteriores e que as informações referentes ao atual governo “são ultrassecretas”. Conforme explicado ao jornal, os dados são classificados como reservados por questões de segurança em obediência à Lei de Acesso à Informação (12.527/11) e ficam sob sigilo até o término do mandato em exercício, o que justifica a divulgação dos dados de governos anteriores no início deste ano.

Atenciosamente,

Secom

 Presidência da República

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