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Chuva dá trégua e foliões lotam as ruas de São Paulo nos blocos de carnaval

Os Blocos de Carnaval continuam a marcar a alegria e arrastar multidões pelas ruas de São Paulo nesta segunda-feira (20). Os desfiles pelas ruas de São Paulo, quem vêm acontecendo desde o dia 10, trazem temas que vão desde o humor e à sátira, homenagens a artistas e outras personalidades, a defesa da democracia e à exaltação de temas sociais. 

Nesta manhã, alguns deles já se apresentaram e outros arrastam os foliões nesta tarde e noite, totalizando 20 grupos carnavalescos dentre os mais de 500 agrupamentos que compõem popular carnaval de rua.

Dentre eles, o “Me lambe que eu vou”, “a Espetacular Charanga do França”, “Bloco não me serve”, “Lua Vai”, entre tantos outros.

Dos grupos que se apresentaram neste domingo, destaque para o #Quilombo Lab”, liderado pelo rapper Emicida, que reverencia os pilares do samba paulista e a da cultura afro-brasileira e levou a animação às ruas da zona Norte. Antes da saída, o bloco fez um minuto de silêncio para relembrar as quase 700 mil mortes pela covid no país.

O bloco é considerado por alguns foliões como uma festa e um espaço de reafirmação da identidade negra. A administradora Beatriz Moura e o autônomo Luis Fernando Honorato, de 26, se caracterizaram de mister Wakanda, em referência ao reino da série de filmes e quadrinhos Pantera Negra.  “Se tem miss tudo, por que não ter a miss Wakanda? Que representa o povo negro, acho importante”.

RITALEENA

Já o Ritaleena, que desfilou pelas ruas da Saúde, zona Sul da capital, celebrou a recuperação da cantora Rita Lee, que recebeu alta do tratamento contra o câncer de pulmão, descoberto em 2021.

“Nesse ano, o nosso tema é ‘Viva e Cheia de Graça’ e a gente quer desejar saúde principalmente nesse momento pós-pandemia para todo mundo, para todos os foliões, para São Paulo e para a Rita Lee também”, disse Alessa, cantora e uma das fundadoras do bloco.

Criado por Alessa e a amiga Yumi Sakate em 2015, o Ritaleena tradicionalmente reúne foliões fãs da cantora que reproduzem os cabelos, óculos e figurinos da artista. O desejo de homenagear a diva do rock fez muitos encararem o bloco mesmo com o risco de novos temporais.

Entre os foliões, o bloco é visto como uma festa e um espaço de reafirmação da identidade negra. A administradora Beatriz Moura, de 25 anos, e o autônomo Luis Fernando Honorato, de 26, foram de miss e mister Wakanda, em referência ao reino da série de filmes e quadrinhos Pantera Negra. “Se tem miss tudo, por que não ter a miss Wakanda? Que representa o povo negro, acho importante.”

Outro bloco a levar a alegria –e também exaltar às lutas política e sociais, além da diversidade –o Fuá reuniu militantes políticos e membros da luta por moradia e melhores condições de vida para os moradores do Bixiga, no centro de São Paulo. Neste ano, o grupo homenageou Amelinha Teles, ex-presa política e símbolo da resistência à ditadura militar. Amelinha foi presa e torturada durante o regime.

Bloco do Fuá, no Bixiga

O domingo de Carnaval ainda teve outros blocos populares, como os liderados por Pabllo Vittar e Tiago Abravanel, o Explode Coração, com canções de Maria Bethânia, e o Bem Sertanejo, com Michel Teló. No total, 63 blocos estavam autorizados a desfilar pelas ruas e avenidas paulistanas.

No sábado, quando os blocos também agitaram as ruas e avenidas da capital paulista, o grupo liderado Gloria Groove, teve o desfile encerrado pela artista antes do previsto, que atendeu o pedido da Polícia Militar, devido à falta de segurança. Houve muito empurra-empurra, com pessoas passando mal durante o desfile.

Valesca Popuzuda, que era um das convidadas especiais do grupo, fez um apelo antes do evento. “Vamos parar de confusão, gente! Vamos respeitar a artista incrível que está fazendo essa festa para vocês. Quem não está curtindo, mete o pé, rala!”

Outro grupo menor, mas não com menos garra e a alegria, o bloco Saci da Bixiga junto com a bateria do CDC – Coletivo Democracia Corintiana – fundado por torcedores do popular clube paulista, também espalhou alegria pelas e irreverências pelas ruas do Bixiga, enaltecendo as cores e símbolos do Corinthians por onde passou. A Bateria Dona Elisa, homenagem à Elisa Alves do Nascimento, apaixonada torcedora do clube paulista falecida em 1987 aos 77 anos, agitou os foliões, que não se intimidaram com a chuva.

Bateria da Democracia Corintiana no desfile do Saci da Bixiga

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