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André Negão fala sobre dívidas do Corinthians e cita racismo estrutural como grande motivo de rejeição

André Luiz Oliveira, mais conhecido como André Negão, falou publicamente pela primeira vez como canditado à presidência do Corinthians, nesta terça-feira. O conselheiro vitalício do clube falou sobre a situação financeira do Timão, a importância da Renovação e Transparência nos últimos anos do clube e citou “racismo estrutural” como principal fator para seu nome ter certa rejeição externa entre alguns torcedores.

Antes das perguntas dos repórteres presentes no Parque São Jorge, André fez seu discurso para anunciar de forma oficial sua canditatura à presidência do clube.

“Estou no clube há 30 anos. Neste período, estudei e me preparei para este desafio. Sou graduado em tecnologia de gestão esportiva no país, curso gestão financeira. Participei de vários fóruns e palestras voltadas à gestão de clubes. Por duas vezes, fui gestor administrativo deste clube. Na nossa gestão, reformamos todas as dependências do clube. Reformamos toda a fazendinha, foi um orgulho fazer esse trabalho. Participei ativamente da construção do CT Joaquim Grava. Participei ativamente da construção do CT de base, que foi um marco importante dos últimos anos. Participei ativamente da construção da nossa casa, a Neo Química Arena. Estive presente na colocação da primeira estátua, juntamente a Andrés Sánchez. Fui o primeiro vice-presidente na gestão de Roberto de Andrade, hoje sou vice-presidente do conselho deliberativo e presidente do conselho de ética. Nossa maior honra foi ter acabado com a reeleição. Com isso, demos a oportunidade para os sócios voltarem, algo inédito no Corinthians, mostrou a grandeza do nosso clube. Foi na nossa gestão que nós fomos cinco vezes campeão paulista, Mundiao, tri campeão brasileiro, Libertadores, é um grande legado”, disse André.

O Corinthians tem, hoje, uma dívida de R$ 910,5 milhões, o que limita o fluxo de caixa do clube. André se diz consciente dos problemas financeiras, mas, caso eleito, planeja equalizar essas pendências financeiras.

“A dívida é de R$ 910 milhões. R$ 550 milhões compactos para 20 anos. O Profut, fiscais… e o motivo dessa dívida se deve ao período de pandemia, foi aumentada por conta disso. Depois, nós tivemos juros, fora os oito anos sem receber bilheteria da Arena. Nós temos em mente a dificuldade de sanar essa dívida, temos uma arrecadação hoje de R$ 800 milhões. Se tirar 5 a 10% da nossa receita vamos conseguir armotizar essa dívida”, comentou André.

“Tenho certeza que vamos equalizar as dívidas. No futebol você contrata e não sabe se o atleta vai dar certo. Temos que usar a base, mas temos que ter contratações para reforçar o time e fazer boas campanhas. Dependemos do futebol para as contas serem pagas”, complementou.

Ao ser questionado sobre a rejeição que seu nome recebe entre alguns corintianos, André foi sucinto: “Essa rejeição que você cita tem nome e sobrenome: racismo estrutural. Não tenho nada para falar.”

Mesmo assim, o candidato se disse disposto a ouvir as críticas dos torcedores e ter diálogo com a Fiel Torcida, especialmente nos momentos complicados.

“Não acho que a renovação e transparência está distante da torcida. Vivemos em um país democrática. Na torcida, na eleição lá, todo mundo vai estar dividido também. O direito de protestar é legítimo, todo mundo tem direito de protestar. Se você não tem o protesto de fora do clube, você fica acomodado. O maior fiscal do clube é a torcida. não vejo problema nenhum da torcida protestar, sou só contra a violência. Desde que não haja violência, o presidente tem sim que atender o torcedores, receber, escutar, ver qual é o clamor dele. É só questão de democracia, democracia é isso”, finalizou.

As eleições do Corinthians estão previstas para acontecer em novembro deste ano. Até o momento, apenas André Negão e Agusto Melo (oposição) são os candidatos presidenciais.

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Fonte: https://www.gazetaesportiva.com/times/corinthians/andre-negao-fala-sobre-dividas-do-corinthians-e-cita-racismo-estrutural-como-grande-motivo-de-rejeicao/